segunda-feira, 3 de setembro de 2012

     Quereria até escrever mais... — Quereria... Aliás, é o querer — Mas ainda estou com medo do que posso descobrir ao escrever aqui. Sequer vou contar as novidades, pois eu sei que hei de terminar escrevendo acerca do que não quero. Sobretudo, posso não escrever, mas ouvir. Ouço o pulsar e o hálito, ouço os corvos nas águas. É que ser-me dói a minha personalidade branca e transparente como o ar — o ar é branco? — e gélida como a água do mar.
     Tenho medo dos devires e esse já era um dos devires. Eu escrevo sobre o que tenho medo e o conheço no inconsciente — é que ser-me dói —. 
     Acabei de pensar no que não pretendia escrever por medo de descobrir como é sentir a dor aguda de ser-me, como falara. É que as dores agudas precedem a sobrevivência. Eu sou a sobrevivência de meus seres e por isso vivo.

     Terei uma master class  com o violinista norte-americano Kristopher Tong na sexta-feira dessa semana. Sorte para mim!

     Música do dia sugerida indiretamente pelo R. W.: